terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Uma "Bomba" na Assembleia da República

Caros amigos, confrades, compatriotas e fiéis seguidores...
Terá lugar no próximo dia 12 de Fevereiro, pelas 12h, na Assembleia da República, a XXIV exposição Ruin'Arte... uma autêntica BOMBA!

Esta exposição é, além de mais uma meta atingida, o mais significativo momento desta ruinosa demanda. Será uma "mensagem entregue em mão", no centro nevrálgico do poder governativo.

É uma exposição de eloquentes imagens, e uma exposição do estado da nação.

Além de ser a maior colecção jamais apresentada, serão igualmente expostas algumas sugestões, que esperamos tornar em soluções para um Portugal melhor...

Até lá... e muita LUZ

Gastão de Brito e Silva

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Real Fábrica de Atanados da Vila de Povos - Vila Franca de Xira

A Real Fábrica de Atanados é, um dos mais desgraçados edifícios  que já visitei... é também um dos mais magníficos!
Os seus 217 anos de ininterrupta laboração, glorificam-na como um templo de trabalho e dedicação, que contrastando violentamente com o desleixo a que foi votada, torna-se em mais um inadmissível paradoxo.
A sua curiosa e majestosa traça, resulta da projecção de uma quinta, de um solar e de uma fábrica, combinando em perfeita simbiose arquitectónica estas suas três vertentes.
Não é só a sua longa história que está em risco, mas também a de todo o concelho de Vila Franca de Xira. A sua importância como símbolo industrial, quase se sobrepõe à sua nobre e austera imponência.
Este complexo arquitectónico, supõe-se pela sua toponímia, ter nascido da adaptação de uma velha casa de lavoura que ficou na altura conhecida por "Fábrica da Quinta", tendo sucessivamente sido remodelada em conformidade com as funções que desempenhou.
Na sua ampliação ao longo dos tempos, testemunhada pelos estilos que apresenta, pode-se verificar os dois momentos mais marcantes na sua arquitectura contrastando com a exuberância do período joanino, com a austeridade do período pombalino, além de reminiscências de classicismo no que resta do jardim, transformando este espaço numa barra cronológica de todo o século XVIII.
Nas duas últimas décadas, foi vítima além do abandono e suas erosivas consequências, de uma completa espoliação de todo o seu património, crimes perpetrados por simples vândalos e por quadrilhas internacionais, tendo chegado a pedra de armas a ser recuperada pela PJ, em solo espanhol.
Foi também vitimada por um devastador incêndio, e por fim, foi alvo de uma "reabilitaxão", que embargou o projecto adiando-o para melhores dias... hoje, planos lhe não faltam, faltam é verbas e iniciativa!
O seu passado como indústria, remonta ao longínquo ano de 1729, quando por iniciativa de João Mendes de Faria Barbosa Fagundes, foi edificada, tendo merecido por isso, em 1731 uma carta de armas onde figuravam os brasões dos seus apelidos, tornando-se Senhor de uma Fábrica de Sola.
Reinava então D. João V, que na sua magnânima pessoa deu o alvará a este grande empreendimento, atribuindo-lhe o Real titulo de excelência. Uma verdadeira distinção que além de privilégios, também lhe dava obrigações: a qualidade e excelência dos seus produtos teriam de estar à altura desse tão grande estatuto.
O local onde a fábrica se ergueu, além de ter um perfeito feng shui, permitiu-lhe subsistir em regime de quase total auto suficiência. A quinta era por si fornecedora de lixo de pombo, azeite, lenha e de cascas de carvalho, que também poderiam sem esforço ser igualmente procuradas nas quintas vizinhas, assegurando um reforçado fornecimento e garantindo uma produção facilitada e sem interrupções.
A Ribeira de Povos, que graciosamente atravessa a propriedade, foi um fiel fornecedor de água que sustentava esta empresa em todas as suas necessidades.
Desde o regadio das produções agrícolas, ao tratamento e processamento das matérias aqui tratadas, a utilização do precioso líquido eram uma constante em todo este complexo.
A sua localização pela proximidade ao rio Tejo, em muito facilitava a distribuição e transporte de todas as mercadorias que dali vinham e, que para ali iam.
Embora a manufactura de curtumes fosse já uma antiga tradição, a sua produção industrial estava uma fase incipiente, por isso, não havia em Portugal mão de obra especializada que garantisse os melhores níveis de produção.
Foram para esse efeito recrutados técnicos vindos de Inglaterra onde esta indústria já se encontrava em avançada laboração. Do Ribatejo, vieram oficiais recrutados segundo a tradição da manufactura orgânica completando a mão-de-obra para o seu pleno funcionamento.
Esta fábrica manteve-se ao longo dos tempos fiel à tradição. Os avanços tecnológicos mais significativos da industrialização dos curtumes não foram adoptados por esta empresa, por deles não necessitar. Como a força motriz de que dependia e as matérias-primas, uma vez que eram generosamente aqui obtidos, nunca houve a necessidade de optar por novos engenhos nem tratamentos químicos das outras indústrias de vanguarda.
Embora esta indústria fosse uma das mais poluentes, a REAL FÁBRICA DE ATANADOS DA VILA DE POVOS, pela tecnologia utilizada, era sem dúvida "amiga do ambiente"  tornando-se um excelente exemplo de gestão, trabalho e sustentação.
Pela cronologia desta fábrica podemos avaliar a importância e contributo que deu a toda a Nação, pelo que aqui apelo aos responsáveis pelo património edificado que façam a devida justiça e lhe dêem a merecida atenção.
1728 Gaspar Caldas Barboza solicita autorização para a criação de uma manufactura de curtumes, sabendo-se que se trata
do pedido que irá dar origem à Fábrica de Povos.
1729 (15 de Outubro) Alvará de fundação da Fábrica de Atanados de Povos, cujo contratador era João Mendes de Faria
Barbosa e Fagundes, para o fabrico e aperfeiçoamento de atanados e camurças. Condições para a laboração. Custo da
montagem da manufactura 70 mil cruzados e 48 mil de investimento em couros.
1730 (17 de Janeiro) — É passada Carta de Nobreza a João Mendes de Faria.
(25 de Setembro) — Consulta do Concelho da Fazenda sobre a manufactura de Povos.
1731 (5 de Julho) A Fábrica de Povos recebeu o privilégio de isenção alfandegária para os seus produtos “assim os atanados
como toda a mais courama de qualquer qualidade que sejam nela fabricados”.
1731 (9 de Agosto) 1.0 Privilégio de fabrico, com uso de marca e armas nos curtumes. O Estado exige que a fábrica fique em
última perfeição,
1732 (17 de Setembro) A decisão de 1731, respeitante ao privilégio de isenção alfandegária para os atanados e camurças de
Povos é tornada pública.
A “A cinta da F Ah rica”: A Real FAA rica de Atar ado de jaia ler dea d e Faria e auceaaarn__j~j
1736 Novas obras na Quinta da Fábrica por motivo de ampliação da laboração, obras que deveriam ter custado mais de 20 mil cruzados. Petição de João Mendes de Faria a D. João V. Os couros para a Fábrica vinham do Campo do Curral, em Lisboa e foram obrigados a pagar 8.000 réis à Alfandega. (1 de Agosto) Casamento da filha menor e herdeira, Isabel Maria de Faria Barbosa Fagundes com Romão José da Costa Guião.
1737 É autorizada nova manufactura de curtumes, para fabricar marroquins e mais couros, na Quinta das Murtas, cuja direcção estava entregue a Pedro Pereira & Francisco Pereira e Manuel Martins da Costa. Insistência de João Mendes de Faria. Queixa contra o rigor dos funcionários da Alfândega.
1738 (I5 de Setembro) Resolução que permite a retribuição dos dinheiros embargados na Alfândega ao contratador de couros.
1738 (24 de Setembro) Parecer do Senado da Câmara sobre a Fábrica.
1739 (13 de Julho) Outro parecer do Senado da Câmara.
1740 Diogo Mandim, mestre da manufactura de Atanados, sai da Fábrica de Povos.
1741 (10 de Agosto) João Mendes de Faria requer renovação dos privilégios concedidos em 1729, considerando Povos uma das melhores fábricas da Europa. Início do contencioso com o fabricante inglês Henrique Tompsen, fundador da Fábrica de Curtumes de Gaeiras (Óbidos).
Início do 2º Privilégio de João Mendes de Faria.
1743 (1 de Janeiro) 1.” Privilégio à Fábrica da Quinta das Murtas.
Face ao privilégio anterior João Mendes Faria pretende a reunião das duas concessões de curtumes do país (Povos e Quinta das Murtas) para melhor evitarem a concorréncia e dominar os segredos tintureiros.
1745 Num documento oficial a manufactura de Povos e’ int~ltulada REAL FÁBRICA DE ATANADOS DA VILA DE POVOS.
1746(13 de Outubro) Petição do Juiz do Povo e da Casa dos Vinte e Quatro para que não se extraíssem árvores de sobro, carvalho ou azinho da outra Banda do Tejo, que eram amplamente produzidos pela Fábrica de Povos, pois eram necessários para produzir carvão de lenha para o aquecimento de Lisboa.
1747 Com o fim do privilégio de Pedro Pereira da Quinta das Murtas (a respeito dos métodos tintureiros), João Mendes Faria e o responsável por aquela manufactura resolveram constituir uma sociedade para a exploração da manufactura de Povos, unindo os esforços comuns, colaborando o primeiro com os segredos tintureiros e o segundo com a organização e estabelecimento manufactureiro.
1751 Fim do 2.° privilégio deJoão Mendes Faria.
1756 De acordo com o Dicionário Geográfico fabricavam-se 15.000 couros em média.
1772-1774 A Fábrica pertence a Romão José da Costa Romão, genro de João Mendes de Faria.
1774 A manufactura aparece como pertencente ao filho de João Mendes de Faria, José Pedro de Faria, José Pedro de Faria
Barbosa Fagundes, que se associara a Vicente Pedrossen da Silva.
1788 A Fábrica de Povos está nas mãos de Calvette & Sócios.
1789-1790 Depois de uns anos em que esteve parada inicia-se a laboração a fim de gosar de um indulto régio. Mercê de isenção dos direitos de sisa pela compra da courama e da lavagem por tempo de 10 anos a 12.000 coiros por ano (que era o que curtia), o que equivale a 50% da matança anual do pais.
1792 A Fábrica de Povos adiantou à Sociedade de Marchantes de Carnes Verdes 12.000 cruzados, pelos coiros que lhe remetia, pelo que fez ajuste particular de os receber por menos de 30 réis a arroba.
1797 O cais de Povos ainda se encontrava operacional.
1802 Relatório do Juiz de Fora, corregedor interino de Vila Franca de Xira sobre as causas da decadência da Fábrica de Povos, o cais de pedra do porto fluvial encontra-se assoreado.
1803 João José de Faria Mascarenhas Mello, neto do fundador, é o Senhor da Fábrica de Povos.
1810 (Outubro) a 1811 (Março) A invasão de Massena faz extraviar a alvará primitivo da manufactura de Povos. Perturbações na manufactura com a migração da população trabalhadora para Lisboa.
1811(25 de Outubro) Sebastião José Teixeira, Juiz de Fora de Castanheira e de Povos refere que EX Maria da Piedade de La Cerda, como tutora e administradora de seus filhos encontra-se a restabelecer a manufactura de curtumes de Povos, decadente desde a invasão francesa.
1815 (5 de Junho) Início da polémica com exportadores nacionais de casca de sobro e carvalho (Prego & C.’), na qual intervém a proprietária da Fábrica de Povos, D. Maria da Piedade La Cerda.
1818 Reanimação da indústria de curtumes incluindo a Fábrica de Povos,
1819 José Acúrsio das Neves refere a problemática nacional da isenção de sisa, que fora uma nova mercê do Estado
Absoluto à Fábrica de Povos e que as outras manufacturas reivindicam.
1827 (1 de Fevereiro) A Coroa não defere a exportação de 400 arrobas de raspas de coura de boi da Fábrica de Povos.
1829 (21 de Maio) Ordens reais para não se exportarem raspas de couros de boi para dar cumprimento ao Alvará de 11 de Fevereiro de 1773, de João Baptista Locatelli, fabricante de grude.
1829(6 de Junho) A proprietária da Fábrica de Povos exporta para os portos de Itália e de Espanha 156 arrobas de raspas de couros de boi, faltando-lhe exportar ainda outras 844, contra a vontade da Coroa que havia proibido a exportação destes sub-produtos, para atender aos fabricantes nacionais de grude.
1830 Referência a um António José Ferreira fabricante de atanados na Fábrica de Povos.
1845 (Setembro) A fábrica estava nas mãos da viúva de um descendente dos La Cerda, D. Maria da Piedade Faria de La Cerda.
1845 (7 de Novembro) — Resposta oficial ao Inquérito das Fábricas deste ano.
1856 A Fábrica restabelecera-se e corria pela firma José Pedro de Faria La Cerda & Cia.
1893 Tudo faz pressupor que a “casa da fábrica da sola” ainda laborasse, embora intermitentemente.
1905 (cerca de) José Miguel da Silva Santos, natural da Goucharia, estabelece-se na Quinta da Fábrica para a pôr a laborar.
1935 (cerca de) Ampliação da Fábrica de Curtumes.
1946 (cerca de) A Fábrica de Curtumes de Povos deixa de laborar.
1996 A firma OBRISANTOS pretende construir uma unidade hoteleira na Quinta da Fábrica.

Fonte : A “Quinta da Fábrica”: A Real Fábrica de Atanados de João Mendes
de Faria e sucessores - Jorge Custódio.

sábado, 4 de janeiro de 2014

Casa de Brasileiro - Frazão

Foi mais uma ruinosa aventura por terras nortenhas, na boa companhia do meu amigo José João Roseira, em que num só dia visitámos seis ruínas, em Frazão.
Depois do salto do Joaquim na Casa da Praça e por estar a chover a cântaros, deixei o "sacanideo" no carro e abusei da fotogenia do José João, que ao estilo do Wally ajudou a compor alguns enquadramentos...
Acho que vou reformar o Joaquim e adoptar este novo colaborador, pois os resultados são muito melhores, além de que não se lança em voos planados não planeados...
Devo também agradecer à Sra. D. Cândida Bentes, ilustre e simpática familiar dos proprietários, que me prestou uma boa ajuda fornecendo-me alguns valiosos dados.
É pela primeira vez em toda esta demanda que abordo um género arquitectónico que marcou uma época e, que tanto marcou o País.
As "Casas de Brasileiro", ou de "Torna-Viagem", eram a essência cultural e financeira de uma nova burguesia recém enriquecida em Terras de Vera Cruz, eram um reflexo do sucesso pecuniário do seu proprietário.
Desde a segunda metade do século XVIII e até ao início do século XX, foram inúmeros os emigrantes que rumaram além mar em busca de uma nova oportunidade, e aí se estabeleceram com sucesso fazendo fortuna.
No seu regresso, era imperativo mostrar esse sucesso em forma de arquitectura, erigindo casas onde cada ego se  espelhava em conformidade com a envergadura da riqueza acumulada.
Muito deveu a nossa economia a estes emigrantes, pois não só a dinamizaram com os seus investimentos, como construíram novos impérios que geraram muita riqueza e trabalho nas terras onde se estabeleceram, eram um exemplo de empreendedorismo para toda a sociedade.
Adolfo Bentes, de Frazão, foi um bom exemplo do emigrante brasileiro, que por própria iniciativa fundou uma empresa de diligências, atingindo além de distantes pontos geográficos, todos os objectivos profissionais a que se propôs.
 
Tornando às suas origens coroado de glórias financeiras, adquiriu esta casa a outro "brasileiro", além de um vasto património que ainda hoje a família detém.
Estas casas proliferaram um pouco por todo País, com especial incidência no Norte, onde estas românticas construções se misturam na paisagem contrastando com os velhos solares.
As casas brasileiras distinguiam-se na sua traça pela combinação de diversas influências estilísticas, eram uma miscelânea da casa colonial victoriana, com laivos afrancesados, revivalismos italianos e pretensões palacianas.
Estas soluções arquitectónicas, eram na sua maioria uma distorção da elegância e da cultura europeia, embora sendo hoje apreciadas com romantismo, eram na altura depreciadas e repudiadas por uma sociedade conservadora dos melhores costumes e tradições.
Eram as "maisons" de então, cuja profusão de elementos decorativos marcavam-nas por um excesso de "bom gosto", denunciando o novo-riquismo patente em cada casa.
Era comum as fachadas serem revestidas com azulejos onde constavam as cores do Brasil, poderiam também ser caiadas ou cobertas de reboco, não faltando ornamentos em forma de metais forjados ou fundidos, estatuária, cantarias, platibandas decoradas, vitrais e outros elementos que tais.
O interior era ricamente decorado com profusas pinturas frescas, marmoreados e papeis de parede, eram utilizadas madeiras nobres e exóticas nos soalhos, vigamentos, revestimentos e escadarias, as portas com almofadas e bandeiras com vidros de côr, tudo era exuberante transparecendo esplendor.
Nos salões eram pendurados lustres de cristal, que iluminavam o rico mobiliário, tapeçarias preciosas e porcelanas pirosas, pratarias diversas e colecções dispersas, manjares principescos, vinhos e refrescos, faziam o dia a dia nesta rica moradia.
A exuberância dos jardins, era marcada pela presença de vegetação exótica oriunda do distante Brasil, tornando cada jardim numa "embaixada tropical" da Amazónia, sendo em regra as palmeiras, as rainhas destes frondosos espaços.
Não esquecendo a índole rural desta propriedade, era o rés do chão utilizado como lagar e zona de produção agrícola em regime de auto suficiência.
No casario envolvente eram acomodados os animais e armazenados os produtos da terra, dos quais apenas restam memórias.
Como o sucesso e boa fortuna é frequentemente alvo de invejas, tal como a incompreensão e intolerância com a inovação, várias foram as vozes que jocosamente retrataram esta nova classe social...
"Há longos anos o brasileiro (não o brasileiro brasílico, nascido no Brasil - mas o português que emigrou para o Brasil e que voltou rico do Brasil) é entre nós o tipo de caricatura mais francamente popular [...] grosso, trigueiro, com tons de chocolate, pança ricaça, joanetes nos pés, colete e grilhão de oiro, chapéu sobre a nuca, guarda-sol verde, vozinha adocicada, olho desconfiado, e um vício secreto. É o brasileiro: [...], o senhor de todos os prédios grotescamente sarapintados [...] Tudo o que se respeita no homem é escarnecido aqui no brasileiro. [...] De facto, o pobre brasileiro, o rico Torna-viagem, é hoje, para nós, o grande fornecedor do nosso riso."

Queirós, Eça de, Uma campanha alegre, vol. 2, Porto, Lello, 1978, pp.87-89.
"Veio edificar uma casa no sítio em que nascera, uma casa grande de cantaria e azulejo com três andares e varandas, jardins com estátuas de louça e alegretes pintados de verde e amarelo, o qual tinha mais fama que os jardins suspensos da Babilónia"

Dinis, Júlio, Morgadinha dos Canaviais, Porto, Liv. Civilização Editora, 1964, p.137 .
"[...] mandaria edificar um palacete de azulejo côr de gema de ovo, com terraços no tecto para quatro estátuas simbólicas das estações do ano, e dous cães de bronze sobre as ombreiras do portão de ferro com armas fundidas, de saliências arrogantes, entre os dois colossos de dentaduras anavalhadas, minazes, como todos os bichos de heráldica."

Castelo Branco, Camilo, Eusébio Macário, 7ª ed., Porto, Liv. Chardron, s/d, p.50. 
https://www.instituto-camoes.pt/revista/revista11m.htm

http://palaciorochavellozo.no.sapo.pt/brasileiro.htm

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