sexta-feira, 28 de agosto de 2015

"RuHino" Nacional


Desde o início deste nosso projecto que tentamos fazer chegar uma mensagem positiva, patriótica e filantrópica, pois são os valores que nos conduzem a evoluir como seres humanos, melhorando o País onde vivemos, preservando o seu melhor e denunciando o seu pior... por isso aqui faço uma breve dissertação sobre o nosso património e a portugalidade, pois deles depende o nosso presente, projectando o nosso futuro, preservando o passado.
Portugal é um País rico em história e em património, material e imaterial. O seu mais valioso património é sem dúvida o Humano, que além de ter construído e mantido com grandes e heróicos feitos este belo canto à beira mar plantado durante uma saga de quase novecentos anos, desenvolveu uma maneira própria de estar e de ser na Europa e no mundo, distinguindo-se pelas suas gentes e culturas.
A Cultura portuguesa contribuiu para a identidade de um povo enaltecendo o patriotismo, lembrando-nos dos seus feitos e virtudes, sendo por isso um motivo de orgulho para todos nós consolidando-nos como nação.
Esta nação é unida pelo seu património, que é exaltado a viva voz pelos seus mais significantes símbolos que nos enchem de júbilo e nos dão alento para continuar a enfrentar as diárias intempéries que nos têm castigado ao longo do tempo.
A bandeira e toda a sua simbologia, que quando hasteada e drapeando ao vento, leva o nosso imaginário a idealizar um cenário de verdes campos lavrados e regados com o sangue das batalhas que garantiram a nossa independência, o escudo das quinas e a esfera armilar que ainda estão presentes nos quatro cantos do mundo e afirmando a sua expansão que ainda hoje está impregnada na nossa alma, é o nosso ADN...
Também a língua portuguesa é um dos mais valiosos patrimónios, que sendo uma das mais faladas a nível mundial, transporta a nossa cultura além fronteiras elevando e levando o nosso cunho a todos os continentes.
A escrita é indissociável da língua que está a ser vítima de um autêntico atentado de lesa cultura e lesa Pátria pelo horroroso e subversivo AO 90, que nos lesará e levará o intelecto dos nossos descendentes aos mais inferiores patamares da evolução cultural, um crime que deveria ser punido em praça pública e deixará uma marca indelével nas futuras gerações.
O património arquitectónico, sendo o único que se materializa nas nossas paisagens, e é o testemunho de várias correntes artísticas, culturais, e até regionais que através dos tempos no foi legado pelos nossos avós, que desperdiçamos todos os dias essa forma de cultura, que além de divisas nos traz uma identidade e consequente patriotismo, este é diariamente relegado para um limbo infernal, e deitará a perder a história, memória e glória deste antigo povo que tanto fez para o erigir e manter.

O Hino Nacional é outra marca que nos une com toda a coesão e nos orgulhamos de o cantar de pé! O Hino de Portugal é uma marcha inspirada na "Marselhesa", foi composta por Alfredo Keil e letrado por Henrique Lopes de Mendonça, que aquando o Ultimato Britânico e em grito de revolta republicana compuseram tão heróica partitura, tendo sido adoptado no dia 17 de Novembro de 1910, e é referido como o 11º artigo da constituição.

Heróis do mar, nobre povo,
Nação valente, imortal,
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria, sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitória!

Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar,
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!
Infelizmente este hino é papagueado como a maior parte dos católicos papagueiam o "Pai Nosso", sem sequer depreender o seu sentido e menos ainda, sem colocar em prática o seu conteúdo... senão vejamos:
Se somos heróis do mar, porque é que em terra não praticamos o mesmo heroísmo? É na nossa terra que devemos ser heróis, pelo trabalho, ideias e ideais, pela perseverança e pela esperança de sermos todos os dias melhores... isso sim,  faria de nós heróis!
Nobre povo? Dentro da actual conjuntura cultural e económica, seria mais justo dizer Pobre Povo! Com perto de 30% de portugueses no limiar da pobreza, culturalmente atrasados e todos os dias intelectualmente depauperados, pelo lixo que nos impingem na maior parte dos órgãos de comunicação social, os danos neuronais que provocam, entorpecem a capacidade de raciocínio e de discernimento do mais comum mortal.
 
Portugal e os portugueses nunca poderão evoluir enquanto uma "Casa dos Segredos", uma novela barata ou um ridículo "talk show" sejam líderes de audiências, quando um estádio de futebol for uma prioridade, e enquanto um Mercedes ou BMW se sobrepõe à saúde e à cultura... muito teremos que fazer para evoluir, pois o tempo e meios perdidos em futilidades e nulidades empobrece-nos ainda mais, e a um ritmo alucinante!
 
Nação valente? Creio que indolente descreva melhor a maneira de estar de boa parte dos nossos compatriotas... entre o eterno "sebastianismo" e o "deixa andar", a corrupção e o "desenrascanço", tudo serve para nos enterrar ainda mais.
Imortal? Com o património, a escrita e a língua a serem brutalmente assassinados, parece-me um exagero esta expressão... pois estes símbolos estão a morrer e a matar a nossa nação! Sem eles a morte do país está garantida e a curto prazo. Há que os ressuscitar, e depressa!
 
Levantai hoje de novo, o esplendor de Portugal... desde 1974 que todos os governos "tentaram" sem sucesso e com muita "democracia" esse feito, que além de ser mais uma falácia, é sem dúvida a mais pura demagogia...e barata! Vivendo numa Europa civilizada que se levantou de duas guerras mundiais, como é que ainda temos cicatrizes do terramoto de 1755? Porque é que os centros históricos são abandonados e florescem mamarrachos? O interior do País desertificado e campos por cultivar... Será isso o tal esplendor? Só uma mente "chauvinista" dá razão a tão bonita expressão.
Entre as brumas da memória, Ó Pátria, sente-se a voz, Dos teus egrégios avós... coitados dos nossos avós, que nos legaram um País com "P" e com certeza que as suas vozes são apenas gritos mudos que ecoam nas ruínas por todo o país espalhadas... seremos aliás egrégios netos? E quando formos avós, seremos lembrados como decrépitos, a avaliar pelo estado do estado... só mesmo entre as brumas da memória é que se pode visualizar esse cenário.
Às armas, às armas... é difícil lutar com paus e pedras, pois são as armas que nos restam, além de alguma verborreia... a constante demagogia de todos os governos da república faz-nos crer que recorrendo a armas que não sejam idoneidade e trabalho, podem ainda combater e vencer uma guerra que é contra o desemprego e pobreza.
Pela Pátria lutar... lutar e labutar, se a Pátria deixar... a maior parte dos nossos cérebros vai lutar para pátrias alheias sem sequer ter vontade de voltar... apenas alguns valorosos resistentes se dedicam a esta causa, que é lutar por Portugal! É muitas vezes uma tarefa inglória para quem todos os dias "arregaça as mangas" e nem um ordenado mínimo consegue... mas sendo pela Pátria valerá certamente a pena, pois é de todas as causas, a mais nobre!
Contra os canhões marchar, marchar! Hoje não se marcha contra canhões, é uma estratégia militar que está obsoleta desde as guerras peninsulares... mas devemos todos os dias marchar para o trabalho, para a educação, formação profissional, cultura e para a prosperidade, devemos marchar também contra a corrupção, o oportunismo, o facilitismo, o nepotismo, entre muitos outros "cancros" que se metastizaram em Portugal, para um dia sermos realmente dignos do hino que patrioticamente exaltamos quando a selecção nacional de futebol marca golos...
Serão as nossas atitudes que marcarão a diferença como um povo orgulhoso... pela Pátria e pelos nossos filhos, levantemos de novo o esplendor de Portugal!

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