Navegava no Google Earth à procura de uma outra ruína, quando percebi os contornos de uma fortaleza em estilo Vauban, os revelins e panos bem definidos denunciavam a sua existência, como naufrago que acena numa ilha deserta a um salvador vindo do céu...
Após uma rápida pesquisa neste cibernético espaço, e com ajuda do meu ruinoso amigo Jorge Gil de Almeida, facilmente concluímos tratar-se do Forte de S. Luís Gonzaga... impunha-se uma incursão...
Desta vez fomos acompanhados por uma jovem jornalista que está a desenvolver um trabalho sobre este nosso projecto, tendo para isso feito um levantamento de uma série de ruínas que pretendíamos explorar... foi um dia em cheio...
O Forte de S. Luís Gonzaga encontra-se soterrado por um autêntico matagal que livremente cresceu e ocupou toda a sua estrutura, à sua volta floresceu um bairro social que em nada tira partido da sua existência... atrevo-me a sugerir à autarquia, não só a sua requalificação, como o seu aproveitamento para um espaço verde que tanta falta faz naquela localidade.
Os custos inerentes a essa obra, facilmente seriam diluídos no orçamento municipal e certamente que esta população, tal como todos nós, ficaríamos agradecidos... o desperdício de tal monumento e de tal espaço, é um crime de lesa sociedade e de lesa cultura...
A história deste forte remonta ao século XVII, e foi traçado por Luís Serrão Pimentel. Por força da guerra da restauração foi necessário reforçar a muralha de Setúbal, para cumprir essa tarefa e evitar uma invasão por terra, foi edificado no cimo de uma colina entre o Viso e a Rerboreda, onde ainda hoje vive em agonia... vale a pena visitá-lo, mais que não seja para admirar a vista e o que ainda resta desta pobre fortaleza.
Coordenadas :38°31'42.56"N 8°54'22.08"W
Fica mesmo por trás onde eu moro. É uma pena não valorizarem esta área.
ResponderEliminarJá serviu de local de "barracas" e construíram 2 depósitos de água que ainda lá se mantém.
Um jardim seria uma óptima forma de valorizar esta ruína. Aliás as ruínas são usadas nos jardins europeus desde o século XVIII como elemento decorativo fulcral.
ResponderEliminarUm abraço
Olá Gastão, este - http://www.youtube.com/embed/SZ8Hj8QlThk é o edifício que gostava ver aqui retrato por ti, como sempre adoro o teu blog, dás a descobrir verdadeiros tesouros!!!
ResponderEliminarAbraço e bom trabalho
Setúbal não valoriza as muralhas que tem. De vez em quando, rebocam vestígios com cimento e acabam por esconder, pouco a pouco, o que resta. Existia outro forte, chamado Forte da Estrela, do qual pouca coisa se pode pesquisar na net. Aparece nas plantas medievais, existe uma rua (ladeira) com o seu nome, sei onde estava, mas pouco mais.
ResponderEliminarUma pena deixar ao abandono esta relíquia historica
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