sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Capela do Cruzeiro / Ermida do Senhor Jesus do Cruzeiro - Viana do Alentejo

Já tinha por várias vezes visitado o santuário de N. Sra. de Aires, em Viana do Alentejo, um monumento faustoso e primorosamente bem cuidado, devido aos requintados e continuados cuidados que a população lhe devota, mantendo-o há várias gerações no seu melhor estado de conservação, sendo um motivo de orgulho para todo o Alentejo... mas não é obviamente deste feliz monumento que vos vou falar, mas de uma desgraçada ermida, erigida a poucos metros deste local...
A ermida do Senhor Jesus do Cruzeiro, como a sua curiosíssima traça atesta, terá sido construída no século XVIII e faria certamente parte do complexo religioso que ali tem lugar. Terá sido vitima de uma escritura que a separou da sua parente bem próxima tornando-a propriedade particular, o que  a condenou ao ostracismo da população, não por falta de simpatia por este pobre monumento, mas por lhes ser vedada a devida legitimidade para fazer a sua manutenção.
Embora esteja devidamente proposto à categoria de Monumento Nacional, o seu deplorável estado ameaça esta condenada capela a uma eminente derrocada... pois aí vem mais um Inverno que como é costume, castiga severamente estas decrépitas estruturas... espera-se um milagre...
Recentemente, tive o privilégio de a sobrevoar, e observá-la num ponto de vista apenas então possível às almas que subiam aos céus... vislumbrei assim a sua cúpula "ajardinada" com um quase matagal que naturalmente floresceu com as boas graças de S. Pedro.
As inerentes infiltrações desta "floresta", e acrescendo o peso do telhado e do lanternin, conjugando com as rasgadas frestas que dilaceram as paredes deste edifício, temo que quando as autoridades competentes reconhecerem o seu valor e agirem em conformidade, irão "monumentalizar" um escombro...
A sua arquitectura é uma testemunha da globalização de então, o que a torna tão única. A planta é em forma de cruz grega, a cúpula é de inspiração árabe, a fachada é barroca com origem e motivos franco-italianos com sabor português...
É de facto uma jóia que merece tanta atenção e simpatia como a sua vizinha e deveria ser alvo de uma imediata e urgentíssima intervenção, para evitar o inevitável colapso de mais um descurado tesouro.
O seu exíguo interior há já muito que foi despojado de todo o recheio, sobrando apenas vestígios de pinturas murais, e é hoje habitado por um bando de pombos que todos os dias contribuem para a sua degradação...
Mas a sua verdadeira e maior degradação, foi a burocracia e o desleixo a que foi sujeita, o S. Pedro até tem sido brando, com toda a sua clemência e paciência tem feito o seu melhor...

http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=2739

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Forte da Graça ou do Conde de Lippe - Elvas

 
O Forte da Graça está localizado na Serra da Nossa Senhora da Graça, a 1 Km de Elvas e eleva-se a 404 metros de altitude do nível médio da água do mar, mais precisamente a N38°53.677' W007°09.865'
Há muito tempo que esta ruinosa aventura estava programada, o Forte da Graça pela sua história, dimensão, importância  e fotogenia, era uma reportagem obrigatória várias vezes adiada, e é a maior reportagem que este nosso projecto testemunhou...
 
                  ...é também um dos maiores crimes de lesa pátria!
Eu sei que é difícil explicar a governos tecnocratas como se pode rentabilizar uma estrutura daquele calibre sem uma marina por perto ou o habitual campo de golfe, pondo de parte a hipótese de mais uma unidade hoteleira de luxo.... mas há outras formas ainda mais lucrativas de o fazer...
Através da cultura e de actividades sociais, podemos em termos humanos ganhar muito mais do que com muitos estádios de futebol e um sem fim de inócuas auto-estradas...
Mas mais difícil será explicar aos turistas que o visitam, como é que se pode descurar tal jóia de arquitectura por questões burocráticas entre o próprio estado, já que a 21 Abril de  2001, foi assinado um protocolo de acordo entre os Ministérios da Defesa Nacional, do Equipamento, da Economia, do Planeamento e da Cultura e a Câmara Municipal de Elvas, com a finalidade de promover e financiar os estudos necessários para o aproveitamento do imóvel, cedendo a esta última entidade a sua tutela... o que ainda não foi cumprido...
O género humano tem destas coisas, ganância, ignorância, jogos de poder, que todos os dias condenam edifícios inocentes a uma morte lenta... com eles sucumbe a nossa história, património e identidade... PORQUÊ??
Desde o dia 30 de Junho do corrente ano, que Elvas e o seu magnífico património militar, foram elevados a PATRIMÓNIO DA HUMANIDADE pela UNESCO...
Uma honra merecida e ao mesmo tempo incompreendida pelos mais altos organismos do estado... foi oportunamente dirigido a S. Excelência, o Presidente da República Portuguesa, três consecutivas missivas que o convidavam a presidir as comemorações desse importantíssimo momento, que ainda hoje não tiveram resposta... o que é caso para dizer... VIVA O REI!!!
Quando o Forte da Graça foi inaugurado em 1792, a nossa rainha D. Maria I, pelo menos estava presente...e ainda não havia AUDIs e auto-estradas vazias para encurtar a viagem...
Os monumentos militares têm a particularidade de nos transmitir emoções que estão impregnadas nas sua própria índole.
Em alguns dos quartéis operacionais que visitei nos tempos de tropa, não havia tanta presença militar... uma presença ausente, que se sente constantemente e continua presente, o que é realmente surpreendente e impossível ficar indiferente.
A sua maioria foi palco de feitos históricos que garantiram a nossa independência, foram também cenário de episódios de camaradagem, sofrimento e bravura que reforçaram o conceito de PÁTRIA e NAÇÃO... tudo isto e muito mais, está patente neste espaço que definha na sua glória, acelerando a decadência de Portugal como País civilizado.
O ambiente impregnado nestas históricas paredes, evocam a todos os instantes um sentido patriótico que em mais lado nenhum vivi.
O Forte da Graça é hoje um Túmulo ao Soldado Desconhecido, onde jaz a honra de um País que despreza a sua história...
Só convivendo de perto com este desgraçado edifício, é possível realizar o esforço sobre-humano que foi necessário para o edificar, transpondo em cada pedra um verdadeiro acto de patriotismo.
Toda a sua esmerada e pesada estrutura é na sua essência fruto de um apelo à nossa soberania, que com inteligência, paciência e muita dedicação, aqui elevaram o que é hoje considerada uma das fortalezas mais poderosas do mundo.
A história deste local remonta ao ano de 1226, data da definitiva conquista de Elvas aos mouros, por D. Sancho II. No seu séquito vinha Estevão Mendes, um frade dominicano, incumbido além de conduzir espiritualmente as tropas, de cristianizar as populações das terras conquistadas.
Foi aqui que elegeu pelas agrestes condições de terreno e luxuriante vegetação, o local ideal para erigir a sua residência que com os seu próprio esforço edificou.
Foi certamente essa construção, que mais tarde terá sido o Convento de S. Domingos da Serra, cujas ruínas, uma bisavó de Vasco da Gama, Catarina Mendes, viúva de Estêvão Vaz da Gama, mandou reedificar em 1482,  erigindo uma ermida que consagrou a N. Sra. da Graça, baptizando assim esta elevação, até então conhecida por Monte de S. Domingos.
Quando em 1640 foi restaurada a independência, a praça de Elvas pela sua localização fronteiriça tornou-se num ponto fundamental para a nossa defesa, tendo então sido reforçada a sua estrutura militar.
Por não ter sido tomada em conta a sua localização geográfica o Monte da Graça foi descurado, facto que nos custou muito caro no decorrer dessa sangrenta guerra.
Em 1659, quando Luis Méndez de Haro y Guzmán, primeiro ministro de Filipe III, invadiu Portugal com um exército de 14.000 infantes, 5.000 cavaleiros e 19 peças de artilharia, sitiando a praça de Elvas.
Apercebendo-se da importância estratégica deste local, ocupa a colina da Graça onde constrói um reduto que bombardeia intensivamente a cidade, provocando baixas ao ritmo de trezentas mortes diárias, reduzindo o efectivo de 11.000 para 1000 soldados capazes de levantar armas.
A 14 de Janeiro desse ano, inicia-se a conquista e libertação desse fortim. Foi o General de cavalaria e alcaide-mór de Sintra, André de Albuquerque de Ribafria, que juntamente com D. António Luis de Menezes, 1º marquês de Marialva e 3º Conde de Cantanhede, foram em socorro do então governador desta praça, D. Sancho Manoel de Vilhena, 1º conde de Vila Flor.
Após um conturbado e exaustivo recrutamento, em Bragança, Viseu e ilha da Madeira, juntaram-se às guarnições de Borba, Juromenha, Campo Maior, Vila Viçosa, Monforte e Arronches, reunindo em Estremoz um exército composto por oito mil infantes, dois mil e novecentos cavaleiros e sete bocas de fogo.
O ataque teve início cerca das oito e quinze da manhã, tendo o exército espanhol respondido com uma cerrada defesa mantendo indefinida a vitória ainda por um tempo.
 
Mas assim que as tropas lusitanas comandadas por D. António Luís de Menezes romperam a linha defensiva de trincheiras dos "nuestros hermanos", estes cederam e debandaram,   infligindo-lhes uma pesada derrota.
 
O exército espanhol foi completamente desbaratado, tendo apenas conseguido chegar a Badajoz perto de 5.000 infantes e trezentos cavaleiros. Feito que valeu a D. António Luís, o titulo de Marquês de Marialva.
Só após a Batalha das Linhas de Elvas é que reconheceram a importância deste local, considerando ser um ponto fulcral e estratégico de defesa desta praça forte.
Pela necessidade absoluta de modernizar o nosso exército, que desde o reinado de D. João V se resumia a algumas milícias mal armadas, com oficiais incapazes de comandar uma horda indisciplinada,  foi contratado em 1762 pelo Marquês de Pombal e por indicação do rei de Inglaterra, Jorge III, um autêntico mestre da arte da guerra para reorganizar a defesa nacional, Friedrich Wilhelm Ernst, conde  Schaumburg-Lippe-Bückeburg.
Por estar ciente da realidade militar portuguesa de então, parte da sua estratégia passava pela fortificação da fronteira, evitando dessa maneira uma invasão do território.
 
Após uma viagem de inspecção e reconhecimento pelas regiões fronteiriças em 1764, ordenou a reabilitação de algumas fortalezas e a edificação de novos baluartes, tendo ampliado o fortim aqui existente. O Forte da Graça foi traçado pelo próprio Conde Lippe com as mais modernas soluções de engenharia bélica de então.
 
A primeira pedra foi colocada em 1763 e a sua construção foi assente em rocha escavada, do que resultou uma monumental cisterna com capacidade para sustentar, segundo dizem,  seis mil homens durante seis meses.
As espessas e poderosas muralhas, obedecem ao um novo sistema defensivo de então, aperfeiçoado por Sébastien Le Prestre, marquês de Vauban, que deu o nome a este estilo de arquitectura militar. 
Com esta nova solução de engenharia, os baluartes formam vértices com ângulos agudos (revelins), facilitando tanto o ricochete dos impactos sofridos,  como as surtidas de infantaria, dificultando ainda os assédios, pois o perímetro a acometer torna-se muito maior.
Além dessa função, os revelins também protegiam as cortinas, troços de muralha de terra compacta, normalmente retirada do fosso e protegida com alvenaria, que servia para atenuar os impactos do fogo de artilharia.
A edificação desta jóia de arquitectura e pedaço ainda vivo de história, levou trinta anos a ser terminada. Durante esse tempo, o esforço de árduo trabalho exigiu a mão de obra permanente de seis mil homens e quatro mil animais de tiro, chegando a um total de 32.000 homens.
 
O que se excluirmos as bestas de carga, é uma força de trabalho cuja proporção pode ser comparada a cerca de trezentas vezes maior à empregue na construção da Torre Eiffel, ou cinquenta vezes à do Empire State Building!
Sendo que o exército reformado  pelo conde de Lippe era composto por vinte mil soldados, conclui-se que um total representativo de mais de trinta por cento dessa força, foi empregue nesta empreitada e o seu custo final foi de 769.199.039$ Reis.
Este valor representa para a actualidade e segundo os cálculos de conversão Reis, Escudos, Euros, e os valores do ouro no Séc. XVIII, a módica quantia de 80.967.425 €, o que equivale em termos de obras públicas a cerca de 20 Kms de auto-estrada, dos dias de hoje.  
 
Durante o primeiro ano a construção foi dirigida por Étienne, um oficial engenheiro francês, que foi mais tarde destacado para Wilhelmtein na Alemanha, para dirigir a construção de uma fortaleza.
Em 1764 os trabalhos foram continuados pelo coronel, Guillaume Louis Antoine de Valleré, que levou a cabo esta hercúlea demanda atingindo o posto de tenente-general engenheiro.
Foi ainda homenageado com sua representação num fresco, que partilha com o conde de Lippe no palácio do governador.
O forte foi iniciado no reinado de D. José e primeiramente baptizado com o nome do seu mentor, o conde de Lippe,  em 1777 e após a morte de ambos, D. Maria I re-baptizou-o como "Forte de Nossa Senhora da Graça", em invocação à ermida que outrora aqui existiu.
A sua guarnição era composta por 1500 homens, sendo 1200 de infantaria, 200 artilheiros e 100 mineiros, e guarnecida com 143 bocas de fogo, o que o tornava numa poderosa e inexpugnável fortaleza que manteve intacta a sua glória militar... que apenas foi vencida pelo desleixo e burocracia...
As muralhas medem 150 metros de extensão em cada alçado, e a sua planta é plenamente simétrica formada por três corpos distintos.
 
A  estrutura é composta por duas linhas defensivas de muralha abaluartada, separadas por um colossal fosso seco, e um reduto, são denominadas , as Obras Exteriores, o Corpo intermédio ou Magistral e o Corpo Central.
 
Ao transpor a primeira linha de muralha pela  imponente Porta do Dragão, que nos relembra a vertente de artilharia e cavalaria que este fantástico animal representa, tal como os dois canhões espanhóis que flagelaram Elvas em 1659.
Passando esta entrada somos ladeados pela casa da guarda e outras dependências devolutas, que foram possivelmente antigas casernas, salas de oficiais e sargentos de dia, convívio e outros afins...
O primeiro fosso é atravessado por uma ponte em arcos que nos conduz à majestosa porta de armas, que orgulhosamente ostenta o brasão de Portugal e uma placa evocativa da visita de D. José no ano de 1756, na companhia do marquês de Pombal e do conde de Lippe. O seu magistral traçado neoclássico faz-nos adivinhar o calibre deste monumento, que com toda a sua imponência nos dá as boas vindas convidando-nos a entrar.
Somos depois conduzidos por uma imponente escadaria de tectos abobadados, ladeada por salas em cúpula de generosas proporções, chegamos então ao núcleo deste monumento.
O reduto era o centro nevrálgico do forte, onde se situava o posto de comando e a capela. A estrutura é cruzada por  três amplos corredores,  permitindo uma circulação e comunicação rápida e eficiente entre todos os pontos da fortaleza.
 
A quarta entrada conduz-nos aos andares superiores e à capela, ou melhor, ao que resta dela...
toda a capela foi espoliada do seu recheio, e por não haver frescos religiosos ou qualquer outra alusão à sua santa padroeira,  o ambiente que aqui se vive é apenas um vestígio da sua Graça na nossa imaginação.
 
A austeridade e majestade dos corredores homenageiam em cada canto e recanto os valores de patriotismo, humanidade, disciplina e coragem, transmitindo a presença constante de uma espiritualidade heróica e salvadora da nossa simples condição humana.
 
Todas as armas, serviços do exército e ramos das forças armadas aqui estão representados, com a dignidade que sempre mostraram em combate e com a honra que serviram o País...
 
Na intercepção dos corredores somos brindados pelo vislumbre de uma cúpula decorada com frescos evocativos das quatro ordens militares, tenuemente  iluminada por quatro clara-bóias e denunciando a ausência do certamente faustoso candeeiro que ali viveu durante mais de duas centúrias.
No piso imediatamente superior toda a planta é simétrica e de salas contíguas, o que seriam os refeitórios e outras áreas de serviço, onde a degradação se faz sentir com maior severidade.
A escada leva-nos ao ponto mais alto desta fortaleza e desta ruinosa aventura, a casa do governador. É o local mais nobre de todo este complexo, composto por três pisos e dois magníficos terraços.
A sala de entrada tem uma original planta elíptica e as paredes ainda conservam os frescos degradados dos dois mentores deste forte, que foram certamente e a titulo de vingança espanhola, alvo de restauros da Sra. Cecília Giménez.  
Este sumptuoso local era isolado de toda a azáfama militar dos andares inferiores. A nobreza inerente ao cargo do comandante outorgava-lhe uns requintados aposentos  que contrastavam com a austeridade das casernas e celas que deram fama a este local quando foi transformado em prisão.
A "cereja no topo do bolo" de todo este complexo, é o magnífico "mini-salão", de planta circular e tecto em cúpula, requintadamente decorado com estuques no seu melhor estilo neoclássico, e com um pavimento que só se mantém pela qualidade da madeira utilizada.
 
Embora haja nestes aposentos uma escala palaciana, esta não se faz sentir pelas parcas áreas que cada dependência ocupa, mas no requinte, acabamentos, deslumbrante vista e privilégio de comandar esta importante e poderosa unidade. 
Seria o mais alto momento de muitas carreiras militares que com responsabilidade e coragem, souberam defender a honra da bandeira que orgulhosamente ostentavam... hoje, sobra um mastro nu que eloquentemente denuncia o estado a que chegou o nosso Estado...
O seu corpo intermédio, a muralha que cerca o reduto seria a área mais espartana de todo este complexo, em cada um dos quatro baluartes, estão estrategicamente construídas pequenas e simétricas vivendas que garantiam a manutenção daquela linha de fogo, eram eles, (Santo Amaro, Malefa, Badajoz e Cidade, a partir do baluarte SO. e no sentido dos ponteiros do relógio).
Era nas galerias desta linha defensiva que corria a maior parte da vida do forte, aqui estavam as casernas, a zona reservadas aos praças e a cadeia. Longe do fausto do seu vizinho reduto e castigado por uma vida subterrânea, onde a fenestração pela sua índole de forte, era evidentemente escassa.
 
A sua história sempre foi gloriosa, e a sua manutenção justificada. Todas as gerações de portugueses que nasceram depois da sua construção até à sua definitiva desactivação dele tiraram partido. 
Que o digam quem ali gozou merecidas férias ou até o casamento... com a tropa. Uma vez que a EPAL não fornecia o forte, era necessário um suprimento constante do precioso líquido, cujos voluntários para a transportar, cantavam alegremente enquanto subiam a encosta sob o calor alentejano com os barris às costas, depois de abastecidos na fonte do marechal...
“Maldito Forte da Graça / escola de deserdados / cemitério de homens vivos / debaixo do chão enterrados“
 
O resto da sua história,  fala por si...

1801 - assédio por Manuel Godoy (Guerra das Laranjas, com a Espanha); 1807 - entrada do exército francês (Guerras Peninsulares, 1807-1811); 1808 - assédio pelo exército anglo-luso (Guerras Peninsulares, 1807-1811); séc. 19 - desartilhado tendo muitas peças dado entrada no Arsenal do Exército; 1856 - criada no Forte da Graça uma companhia de correcção; 1894 - dissolução companhia de correcção; criação de um depósito disciplinar; 1989 - desactivado o depósito disciplinar; 1910 - servia para reter os presos políticos; 2001, 21 Abril - assinatura protocolo de acordo entre os Ministérios da Defesa Nacional, do Equipamento, da Economia, do Planeamento e da Cultura e a Câmara Municipal de Elvas, com o objectivo de promover e financiar os estudos necessários à definição do futuro aproveitamento do imóvel; 2006 - desactivação do Regimento de Infantaria n.º 8 cujo quartel funcionava no imóvel e ocupação pelo Regimento de Cavalaria n.º 3.

http://ficouescrito.blogs.sapo.pt/275.html

 http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/as-toneladas

http://pt.wikipedia.org/wiki/Baluarte

http://elvasnet.blogspot.pt/2006/01/forte-da-graao-forte-de-nossa-senhora.html

http://www.geneall.net

http://www.revista-artilharia.net/index.php?option=com_content&task=view&id=368&Itemid=34

http://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_das_Linhas_de_Elvas

http://www.monumentos.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=3771 

entre muitas outras fontes...

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