segunda-feira, 22 de março de 2010

A Quinta do castelo - Corroios / Seixal

Há já muito tempo que conheço esta quinta, sempre que por aqui passava ficava condoído pelo seu estado de conservação. Nada sabia sobre ela até a ter fotografado, foi então que descobri que a história desta casa é muito mais antiga e rica do que podia imaginar. Infelizmente não consegui aceder ao interior da propriedade confinando-me a captá-la pelo exterior, sei que tem uma capela, lagares e outras estruturas que teriam enriquecido este post, mas vou tentar obter autorizações para a melhor explorar.

 Esta magnifica propriedade rural está situada quase na margem da baía do Seixal, tem as suas fundações no longínquo Séc. XIV e foi edificada por D. Nuno Álvares Pereira, seu primeiro proprietário. Há relatos num censo pombalino em 1758 de ter existido uma espartana torre medieval que certamente a baptizou. Foi doada em 1404 aos frades do Convento do Carmo que a mantiveram na sua posse durante vários séculos até à extinção das ordens religiosas em 1834.

Foi mais tarde adquirida na segunda metade do Séc. XIX por Domingos Afonso, que lhe devolveu a dignidade e prosperidade ao tranformá-la numa propriedade vinhateira de onde saíram vinhos premiados em várias ocasiões conquistando uma fama a nível mundial.
 

Esta quinta possuía infraestruturas invulgarmente avançadas para a sua época, o que lhe permitiu atingir e manter um elevado nível de qualidade em todos os produtos que produzia. Com a morte do proprietário foi perdendo o dinamismo que a impulsionou, tendo sido arrendada pelos os seus herdeiros a vários locatários ao longo do passado século. A nobreza do edifício foi-se perdendo pela sua degradação e pela indevida utilização encontrando-se hoje em estado de ruína.

Para saber mais : http://marquimob.com/index.php?option=com_content&task=view&id=22&Itemid=71

21 comentários:

  1. Outra vez um trabalho excepcional! A primeira foto está perfeita. Cumps

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  2. Com que então o Sr. anda na margem e sul e nem dá sinal de vida... sim senhor :)

    Bom trabalho, desconhecia esta quinta.

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  3. És um EXCELENTE fotógrafo e também escreves bem :)
    É um blog extremamente poético este!!!

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  4. Escabrosa, esta situação em que Portugal vive. Continuam a construir lixo de betão por todo o lado, enquanto o essencial património é deixado em ruínas. Dentro de pouco tempo, o nosso país será uma colossal Brandoa.

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  5. tenho uma colega de curso, que está a fazer a tese de final de curso (Arquitectura),que se baseia nesta quinta, como tema. Ela teve e tem acesso aos interiores desta quinta. existe sim uma capela, pequena, e há restos de talha dourada plo chão do espaço. segundo me parece, é cair nas boas graças de quem lá vive e tem-se acesso ao interior.

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    1. Eu Como Proprietário da Quinta do Castelo Gostava de ter o Contacto desse seu colega para juntar mais um documento à colecção de todos os documentos que eu tenho da propriedade.

      Para alguma resposta contactar.
      alexandre.marques@marquimob.com

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    2. Este comentário foi removido pelo autor.

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    3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  6. A quinta do Castelo, nesta casa moraram os meus tios até aos inícios da década de 90, quando ambos faleceram... que eu saiba nunca mais morou lá ninguém e a casa ficou abandonada. Apenas habitava gente numa pequena casa ao lado...

    É com grande tristeza que vejo esta casa que significou tanto para mim e para a minha família neste estado de abandono :(

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  7. So é pena que para esta quinta, que no pdm do seixal esteja classificada como patrimonio cultural imovel esteja previsto a sua demoliçao e construçao de uma urbanizaçao que inclui edificios de serviços na zona de reserva ecologia natural. (basta pesquisar no site do construtor/promotor para mais informações http://marquimob.com/qtacastelo/index.htm).

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    1. Não fales do que não sabes o Bloquista de Merda!!

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    2. Para além de construtores e promotores somos os Proprietários!!

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    3. Esfamiliar do Adelino. Certo? Os meus pais eram grandes amigos da família do Adelino.

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    4. ..........................................................
      Em terras doadas a D. Nuno Álvares Pereira nos finais do sec. XIV, o Condestável do Reino mandou construir uma das suas casas (onde era recebido o Rei e sua comitiva em tempos de caça) e perto o Moinho de Maré de Corroios (1403 - desde então sofreu reconstruções várias até tomar o aspecto asquitectónico que ainda hoje se pode admirar...). Sobre os alicerces dessa primitiva casa foi construído este exemplar do sec. XVII. Algumas cantarias esculpidas ao estilo barroco ainda se vêem nas escadarias, topo de muros e torre sineira da capela)

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  8. Eu vivi 24 anos a 100 metros dessa casa.Conheci todos os que la moraram. O conheci e era amigo do primeiro dono privado.O Adelino Ferrador.Cresci a percorrer todos os seus recantos.Conheço todos os seus espaços.

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    1. Ola eu fui criada dentro dessa quinta tenho boas e mas lembracas .a pouco tempo fui a Portugal e consegui entrar la dentro fui uma sensacao muito muito esquecita

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  9. Nascido e criado nesta vila linda.
    Tenho historias em cada canto de corroios

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  10. Domingos Afonso, oriundo de São João dos Longos Vales, Monção, Bisp.Braga, era filho de António Luís Afonso e Rosa Esteves.
    Em 1845 casou com Isabel Maria Lourenço, da freg. de São Pedro de Alcantâra, era filha de João Luis Lourenço e Alexandrina Rosa, proprietários da Quinta das Farinhas, do concelho do Seixal.
    Domingos Afonso e Isabel Maria Lourenço, tiveram quatro filhos.
    - Domingos Afonso Junior que morreu com 45 anos de idade e foi casado com Maria Gertrudes Morgado,da freg. da Costa Caparica. Tiveram uma filha.

    - Libânio Augusto Afonso que foi casado com Belmira da Conceição Gomes Neto. Tiveram 2 filhos legítimos, com descendência.

    - Amélia Elisa Afonso que casou com o então viúvo Luis António Lancastre Barahona. Tiveram 9 filhos legítimos, com descendência.

    - Adelaide Afonso, s.m.n.

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  11. Foi em meados do sec. xx sede do 4.º Grupo Misto da Defesa Antiaérea de Lisboa, que compreendia, também, as baterias de Foros da Amora, Torre da Marinha, Santo António da Charneca, Moita, Samouco e Alcochete.

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