sábado, 16 de janeiro de 2010

As Quintas de Chelas

Fui convidado a participar numa iniciativa da Fábrica do Braço de Prata, uma exposição colectiva com o tema "Os bairros orientais de Lisboa", a exposição será no próximo mês de Março e o projecto Ruin'Arte estará patente na sala Arendt.


Quinta da Salgada

Como  todas as exposições requerem uma preparação, comecei a aventurar-me por aqueles bairros nunca dantes navegados por maior parte dos lisboetas. São bairros distantes com acessos difíceis, o ambiente urbano é degradado o que também não convida ao turismo, a população é rústica e há violência nos bairros sociais...

Quinta das Fontes


Tudo isto acabam por ser dogmas já instituídos, cada vez que lá fui travei "amizades" com tantos quantos interpelei, embora muitas das suas azinhagas sejam estreitas (principalmente para quem se desloca num furgon), os acessos são tão fáceis como qualquer outro bairro de Lisboa.


Vila Domingos Henrique Jr.


A sua arquitectura é uma miscelânea de épocas ,  estilos e funções, estruturas militares, agriculas, habitação social, eclesiásticas, palacianas e industriais, misturam-se em harmonia testemunhando os vários e gloriosos períodos daquele bairro...


Quinta dos Alfinetes (muitas vezes confundida com o palácio do Marquês de Abrantes)


Embora seja uma das zonas mais antigas de Lisboa, é também uma das que menos informações em relação ao património arquitectónico tem...nunca tive tantas dificuldades em documentar as minhas reportagens.


Quintas dos Padres


Além dos nomes das quintas pouco ou nada mais se sabe, já telefonei a vários departamentos da CML, andei que nem uma "pombinha da Catrina" de serviço em serviço, estive no GEO e consultei muiiiitos arquivos, chego a ficar com pena de quem me ajuda, sei que sou chato...


Quinta da Bela Vista


Até que me enviaram por email as referências de boa parte dos edifícios no arquivo da CML, mas infelizmente o meu sistema operativo não permite uma navegação naquele site...tenho de lá ir em breve...

Quinta do Pombeiro

A identidade destas quintas perde-se na memória do bairro e algumas já tiveram várias designações e funções, o que dificulta ainda mais a procura....há também trocas de identidades que põem em causa a integridade das informações...


Quinta do Alto das Conchas ou Conchinas

Espero que alguém me possa ajudar e deixo aqui um apelo para recolher documentação destes edifícios, assim que a recolha farei posts completos com as respectivas reportagens...




Quinta do Sargento ou "larguinhos"




Quinta na estação de Chelas

 
Palácio de Santa Catarina

Ah!!! Se alguém  souber de qualquer outro local nesta zona que possa ser incluído neste projecto, não deixe de me avisar...

11 comentários:

  1. De facto, a informação quanto a estas Quintas é praticamente nenhuma, o que é pena!

    No caso da Quinta do Pombeiro, neste edifício que fotografou, vai nascer brevemente, através de recuperação do mesmo, um Centro de Acolhimento Temporário para Crianças Refugiadas, ao serviço do Conselho Português para os Refugiados (através de uma parceria com a Swatch).

    Junto à casa que também fazia parte desta quinta e que já foi recuperada (para o Movimento ao Serviço da Vida - edifício azul), não sei se reparou, mas entrecoberta por muitas árvores e vegetação, subsiste ainda a Ermida de Nossa Senhora da Conceição, construção do século XVIII (vale a pena ir ver).

    Um abraço

    ResponderEliminar
  2. Attenti al Gatti
    Na mesma zona: R. de Cima a Chelas: Ruínas de casa senhorial junto ao pontão ferroviário, casa junto à curva,à esquerda, pouco antes de chegar à Estrada de Chelas e do outro lado desta, um pouco à direita de quem desce, o edifício da Tuna Chelense. Ainda na Estrada de Chelas, junto à ponte da Linha da Concordância, o Palácio do Lavrado, que pertence à ETAR Nereide. Algumas ruínas e edifícios interessantes na parte da Estrada de Chelas que vai da R. Gualdim Pais à Av. Afonso III.
    Boas pesquisas.

    ResponderEliminar
  3. Tenho informação que na Quinta de Santa Catarina - estrada de Chelas viveu António Pusich oficial da armada de el rei D.João VI com a sua família.
    Descobri isso ao ler a sua biografia feita pela sua filha Antónia Gertrudes Pusich.
    São antepassados de meu marido.
    Ana Castro

    ResponderEliminar
  4. quinta bemsaúde... esta um pouco desfragmentada mas no fundo de uma "planície" estão algumas casas abandonadas e mesmo dentro do actual parque tambem existem coisas abandonadas referente a antiga quinta dos Soeiros.

    ResponderEliminar
  5. Olá. Tive um parente que tinha uma Quinta da Bella Vista em Chellas - Lisboa
    O nome dele era José Joaquim Marques Tavares da Silva.
    Alguém tem mais alguma informação?
    meu e-mail: wmpo99@hotmail.com

    ResponderEliminar
  6. A quinta da Bela Vista pertenceu ao arquiteto do convento de Mafra João Frederico Ludovice e passou na família até ao seu neto José Frederico Ludovice em 1828 terá sido vendida. A pequena casa rural ainda existe.

    ResponderEliminar
  7. Na Estrada de chelas existe uma propriedade na Estrada de Chelas a minha avo dizia que pertencia aos chatlana Alguem sabe Mais sobre a propriedade?

    ResponderEliminar
  8. Boa tarde, no âmbito do meu mestrado estou fazer um levantamento das antigas quintas/edificado da zona oriental de Lisboa e desde já quero agradecer e dar-lhe os parabéns pelo seu Blogue, o qual tem dado uma grande ajuda. Se tiver algum material que me possa auxiliar o meu email é rubendarocha@gmail.com
    Cumprimentos,
    Rúben Rocha

    ResponderEliminar
  9. A quinta de Cima de Chelas junto ao mosteiro de Chelas foi senhor Baltazar Barbosa Rangel nos inícios do sec XVII, cavaleiro Fidalgo que serviu em Africa, teve carta de Brasão de Armas em 10.02.1625.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Caro João Penha Ferreira, estou à procura de mais informações sobre esta quinta. Pode ajudar-me?

      Eliminar
  10. Olá. Estive no extremo Sul da Estrada de Chelas (Lisboa), já quase junto à linha do comboio e à passagem inferior e vi (um pouco antes) uma quinta e um belo palácio, que tem um poço e umas palmeiras antigas (de leque, daquelas estreitas e muito altas). O palácio é lindo, mas está muito degradado. Eu gosto muito de arquitectura antiga e perguntei a umas senhoras séniores, o que existia ali. Elas disseram-me que era o "Palácio de Condeixa" e que agora vivem lá uns croatas. Parece o seu "Palácio de Santa Catarina". É interessante.

    ResponderEliminar

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...