Fui desafiado por um antigo aluno e bom amigalhaço a visitar algumas ruínas alentejanas que ele bem conhecia. Por diversas vezes a viagem foi adiada, quer pelo estado de tempo, quer por dificuldades de agenda. Tínhamos em vista alguns monumentos e locais que além do seu passado histórico e valor patrimonial, constituíam também uma aventura inesquecível e proporcionariam uma oportunidade única para enriquecer este projecto.
Quando recebi por email as propostas de itinerário para este bem passado dia, procurei no Google referências aos edifícios que iria visitar e encontrei acidentalmente este fabuloso monumento esquecido pelas entidades (in)competentes que o condenaram ao ostracismo histórico e a uma ruína calamitosa.
A Torre das Águias é um monumento militar de traça gótica manuelina, de grande valor histórico e arquitectónico. É um raro exemplar deste estilo que se afirmou como corrente cultural lusitana e nos distinguiu como nação civilizada... deveria ser protegido com todos os esforços por tudo aquilo que representa como símbolo e orgulho nacional.
Fica situada numa herdade com um cenário autenticamente idílico de prados e montados. Como um quadro de um pintor renascentista alegremente tingido num verde primaveril e iluminado por uma divina luz, a vista desta paisagem perde-se no horizonte visual e no horizonte de memórias deste lugar abandonado.
Deve o seu nome à antiga povoação que ajudou a fundar, a vila das Águias, que mais tarde se fundiu com a vizinha Brotas, provocando uma imigração para este povoado e deixando desde então este espaço ao abandono.
Esta herdade pertencia no Séc. XV a André do Campo, um rico proprietário que em 1520 a cedeu por negociação ao senhor da vila, D. Nuno Manuel, guarda mór de D. Manuel I. Foi este fidalgo cavaleiro que edificou o Solar da Torre das Águias, uma fortificação que se destinava além da sua vertente defensiva, para o retiro de caçadas de grande montaria, actividade que fazia na altura as delícias da nobreza.
Do casamento de D. Nuno com D. Leonor de Milá, nasceu D. Fradique (ou Frederico) Manuel, 1º senhor da Atalaia, a quem se deve o nome do pátio alfacinha já referido neste blogue, que foi por sua vez pai de D. Nuno Manuel, que sucumbiu junto de D. Sebastião na batalha de Alcácer-Quibir em 1578, tendo-lhe sucedido D. Francisco Manuel, agraciado com o título de 1º Conde de Atalaia, por carta de Filipe II, a 7 de Junho de 1583. O senhorio passou no ano de 1665 para D. Álvaro Manuel, que viva então em Veneza. Seu filho, D. Luís Manuel de Távora, foi o 4º Conde de Atalaia.
A torre ergue-se numa pequena elevação e partilha a sua sorte com um aglomerado de casario setecentista que se encontra igualmente em ruínas. Tem adossada um outro edifício oitocentista com dois pisos e no mesmo estado de conservação.
Melhor sorte tem a ermida de S. Sebastião, situada no topo da povoação a escassos 300 metros embora não se possa considerar que esteja bem conservada, não está pelo menos a derrocar...se lhe “lavassem a cara ficaria linda...e já agora e porque não abri-la ao culto convidando os crentes a curtas peregrinações a este santificado e ermo local???...
O acesso a esta propriedade é feito por uma estrada de campo que por si só já é um agradável passeio. Assim avistei a Torre das Águias, o vislumbramento deste nostálgico quadro fez-me seguir o resto do caminho a pé para assim me melhor poder inserir no ambiente e no espírito deste monumento.
Não sabia se o ia encontrar acessível e já me tinham dito que além de privado estaria certamente fechado...a porta principal da torre estava fechada e não se encontrava ninguém por perto adivinhando-se que me iria apenas restringir a abordagens exteriores. Ao subir uma escada no alçado direito, foi com grande entusiasmo que encontrei uma porta aberta que permitiu a este humilde fotógrafo completar a reportagem a que se tinha proposto.
O seu interior é ainda mais monumental e rico do que poderia ter imaginado. Ajudado pela a atmosfera que envolve estas paredes e por estarem ainda presentes todos os indícios de nobreza e fortuna dos seus antigos e augustos senhores, facilmente regredimos ao seu glorioso passado.
Não foi difícil imaginar o dia a dia que se viveu nesta torre. O seu cariz militar fez-me viver momentos de cerco e eventuais batalhas que certamente nunca tiveram lugar. Vi também a propriedade de caça, onde os ursos e veados serviam de repasto a um heróico grupo de cavaleiros cumprindo os rituais de Santo Humberto. Cheguei a sentir a presença da criadagem e dos camponeses que deram vida esta herdade e a fizeram no seu passado um local muito mais glorioso.
A sua estrutura é de planta quadrangular, estende-se em plano vertical com quatro pisos e um terraço. A fachada e alçados são simplesmente traçados sem grandes elementos decorativos, tendo duas janelas por piso na fachada e traseiras e apenas uma janela em cada alçado.
No seu interior todas as salas são abobadadas e com ogivas nervuradas, bem características deste período. Várias alas têm o tecto derrocado o que significa que o piso acima destas se encontra no mesmo estado, tornando este monumento num perigoso local. Das janelas avistam-se verdadeiros postais ilustrados, os campos circundantes parecem vales encantados saídos de um conto de Andressen.
Há ainda magníficas lareiras em várias divisões que nos transportam a imaginação para os longos serões de Inverno que aqui tiveram lugar.
Os pisos são ligados por uma escada em caracol que nos conduz ao terraço, que é hoje um pedaço de matagal que floresceu livremente neste espaço. As guaritas em forma cónica mantém-se ainda incólumes e como que se ainda estivessem alerta para qualquer invasor que se arriscasse a cercar ou invadir este bastião. As várias chaminés que aqui se encontram são testemunhas da arte de bem viver desta época.
A construção da torre é de tal maneira sólida que conseguiu resistir ao terramoto de 1755, que fez derrocar boa parte do património arquitectónico. A sua ruína começou com a abolição dos morgadios por Mouzinho da Silveira, tendo certamente feito parte de uma atribulada partilha familiar, que tal como a extinção das ordens religiosas condenou à ruína de muitas outras propriedades.
Foi classificada como monumento nacional em 1910 e sofreu intervenções de restauro em 1946, foi novamente intervencionada em 1978 quando a consolidaram e reconstruíram os interiores. Esta torre foi também utilizada como Câmara Municipal e é hoje propriedade privada, pertenceu ultimamente ao Conde de Fontalva e a João Lopes Fernandes, de Évora.
Uma vez mais vos apelo, quem tiver qualquer elemento que possa enriquecer este post, não deixe de o partilhar pois há sempre elementos que os próprios historiadores desconhecem e seria sempre uma maneira de aumentar os nossos conhecimentos.
Está precisamente localizada 38º52'30''N 8º07'34''W
Para saber mais: http://www.abrottea.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=4&Itemid=1
http://www.monumentos.pt/Monumentos/forms/002_B2.aspx?CoHa=2_B1
Olá Gastão. Não possuo elementos que possam enriquecer ainda mais este post.
ResponderEliminarMais uma relíquia para tomarmos conta.
Fica a história contada.
Boa noite.
Mais um fabulous "trabalho" Don Gaston.
ResponderEliminarOlá Gastão,
ResponderEliminaré grandioso o seu talento e fascinante a forma como manipula as fotos, algo que se fosse possível gostaria de perceber melhor.
Abraço
Mais uma vez obrigado por partelhar os seus excelentes trabalhos! Que tenha uma semana óptima! Cumps - I
ResponderEliminarOlá
ResponderEliminarO proprietário da herdade onde está situada a torre das águias é um homem culto, tem uma enorme biblioteca, é muito viajado e é um rico proprietário da região de Évora, onde habita. Que terá ele a dizer sobre este assunto? Se a torre é monumento classificado não lhe cabe a ele fazer a sua conservação, mas sim às entidades respectivas, julgo que ao ex-IPPAR.
Parabéns pelo seu trabalho.
Luísa Barbosa
Era preciso que esse senhor tão culto deixasse o IPPAR tomr conta da obra.
EliminarO senhor tão culto parece não estar nada interessado no monumento.Pelo contrário, nunca manifestou vontade de colaborar com entidades oficiais para a tentativa de resolução do problema.
EliminarContava o meu avô, que houve uma altura, ainda no tempo do conde, em que a torre serviu para guardar palha. Acontece que foi atingida por um raio e a palha pegou fogo. Segundo o meu avô contava esteve mais de um mês a arder. Isto deve ter-se passado no final do seculo XIX e talvez tenha contribuído para a sua ruina. Resta-me acrescentar, que sou natural da aldeia de Brotas e gostei muito deste trabalho de pesquisa! Parabens tambem ao fotografo, porque no estado de ruina em que se encontra a torre, não é para todos subir ao terraço!
EliminarObrigado Luisa,
ResponderEliminarMas se o proprietário é rico e culto e está à espera da intervenção do IGESPAR para reabilitar um tesouro que lhe pertence, vai acabar por ser vitima dele próprio e condenar este monumento... esta torre poderia ser perfeitamente reabilitada e servir como fonte de rendimento, além de constituir um património que daria muito mais gozo usufruir pessoalmente.
Gostaria de conhecer pessoalmente esse rico proprietário e ouvir a sua opinião acerca desta calamidade.
É mais um que quer os rendimentos da cortiça e o resto que se lixe. Se o estado quiser recuperar o seu património tudo bem. recuperem mas aquilo é dele e depois faz o que entende
ResponderEliminarSe esse senhor quisesse reconstruir esse bonito monumento, já o teria deixado fazer à muitos anos ! O que realmente é uma pena
ResponderEliminarEsse senhor é tão rico e pensa tanto nesse monumento que a junta de freguezia de BROTAS quase teve que lhe pedir por Amor de Deus para para conseguir arranjar a estrada que dá acesso á dita torre.
ResponderEliminarCaro Senhor
ResponderEliminarAo ter conhecimento do vosso magnífico trabalho iria sugerir precisamente a visita a este esplendoroso monumento, em constrangedor estado de ruína. Constatei com agrado que se antecipou!
Muitos parabéns pela iniciativa!
http://www.abrottea.pt
ResponderEliminarVisitei,no assado fim de semana,a "Torre das Águias"... Perguntei no turismo de...e de... mas ninguém me sabia dizer ao certo onde ficava!Tinha lido algures que era uma construção digna de se ver...E encontrei a dita cuja! Estava eu a espreitar... e eis que chega uma "pic up" com um rapaz que me interpela : "O que é que está aqui a fazer????" a ver... e Você? EU sou o dono! Eh pá..tudo bem...Você é o dono desta aldeia? Pois sou!" E você é cegueta...Não viu à entrada que isto é privado??? Não viu, vá ao oftalmologista!"
ResponderEliminarOlhe e você vá o Banco...porque se isto fosse meu...não estava assim!!
Bem...este nosso Estado é e sempre foi assim:para pagar aos credores, vende tudo o que tem e...quando já não tem, nacionaliza e torna a vender. Estive alojado a 25km da Torre,na Pousada de Arraiolos,(antigo Convento, do tempo do D.Manuel) que agora é do Grupo Pestana, mas antes era do Estado (porque a roubou aos Frades...)que o deixou degradar ao extremo...Mas que agora está uma maravilha!Recomendo!
Vou hoje visitar este monumento com alguns amigos.Espero ter mais sorte que o comentador anterior e não seja expulso do local.
ResponderEliminarJá visitei duas ou três vezes este local e é sempre agradável voltar lá.
E já agora recomendo ,a quem o quizer fazer que junte o útil ao agradável e almoce no restaurante O POÇO do sr. Vinagre , mulher e filhas e verá que deu por bem empregue o seu dinheiro.
Cá por mim vou lá almoçar hoje.
José Prates
Sobre a Torre das Águias, encontrei neste blogue tudo o que me faltava saber: espectacular descrição e óptimas fotografias.
ResponderEliminarCom um grupo de amigos da Batalha, após ter-mos pernoitado nas "Casas da Romaria" em Brotas, visitámos ontém este local, que nos deixou maravilhados pela sua beleza e tristes pelo seu total desleixo. Como é possivel que o NOSSO património continue a ser alvo de tamanho abandono? Não sabemos dar valor às NOSSAS riquezas!
Temos que elevar a nossa voz, para que casos destes sejam do conhecimento de quem de direito e para que se tomem medidas para inverter estas situações.
Parabéns pelo blogue
Rui Sousa Pinheiro
Boa noite, visitei a zona de Brotas este fim de semana e um dos locais onde fui foi precisamente a Torre das Águias. Passados uns minutos apareceu a mítica Pick Up branca conduzida por um senhor de meia idade.
ResponderEliminarAo inicio foi rude, indicando que estava em propriedade privada e por esse facto pedi desculpa pois não reparei nas placas, fez também questão de dizer logo que tinha fama de ser bruto e mal encarado...o que acabou por não ser pois até nos fez uma visita guiada pela Torre...ou pelos poucos sítios por onde é seguro andar segundo ele, e contou a história da Torre e alguns episódios engraçados.
Ao confronta-lo com o enorme potencial turístico que a aldeia possui riu-se dizendo que ninguém iria querer ir para ali...no entanto há registos de em 2000/2001 ter encetado negociações com a Câmara Municipal de Mora para adaptação do espaço para TER- Turismo no Espaço Rural!!!
Disse-lhe também que me fazia pena o estado de derrocada eminente da Torre...ao que me respondeu que ninguém tinha mais pena do que ele!!!
Em Brotas disseram-me que por várias vezes vetou o arranjo do monumento com medo de perder a posse da herdade e confirmaram o mau feitio do senhor.
Para terminar este já longo comentário deixo-vos uma lenda da Torre:
A Lenda de Santa Maria de Aguiar
Na região conta-se uma lenda envolvendo a torre, segundo a qual, à época das lutas dos cristãos contra os mouros, o senhor da torre foi emboscado e morto pelos mouros enquanto andava à caça. Um escudeiro salvou-se e correu para avisar à senhora, dama muito piedosa, pedindo-lhe que fugisse, uma vez que os inimigos vinham para atacar a torre. A senhora, com devoção, implorou a proteção de Santa Maria de Aguiar. A santa, acudiu milagrosamente, fazendo surgir um cavalo alado junto a uma das janelas superiores, que a transportou para um lugar seguro. O chefe dos mouros, que assistiu ao milagre, converteu-se ao cristianismo. A senhora, ao falecer, legou todos os seus bens ao Convento de Santa Maria de Aguiar.
Cumprimentos e continue este belo trabalho
Nuno Santos
Caro Nuno Santos, parabéns pela descrição que fez da sua visita a este importante património. Infelizmente é verdade o que conta acerca do proprietário. Não está nada interessado na reconstrução a não ser que, depois de reconstruido, lho entreguem, a preço zero, para ele explorar.
EliminarQuanto à lenda descrita, de Santa Maria de Aguiar, efectivamente ela não pertence a este local. Nasci e fui criado na zona, brinquei e explorei todos os recantos daquele edifício e, mais tarde, li tudo o que consegui encontrar ( o que não foi muito) sobre o monumento e essa lenda nunca constou associada à referida torre. Ligada à torre e à extinta Vila das Águias, que chegou a ser sede de concelho, está sim a Lenda da aparição de Nossa Senhora de Brotas e a história do Santuário a Ela dedicado. Pode encontrar essa informação em vários locais e sites como por exemplo: www.abrottea.pt
Essa é a história que merece e deve ser contada.
José Caeiro
Antes de ir passar o fim-de-semana a Mora (principalmente para visitar o Fluviário com os pequenotes), procurei outros pontos de interesse da região. Entre eles, ficou-me na memória a "Torre das Águias". Como eram apenas 3 dias, não fiz nenhuma lista, nem aprofundei a minha pesquisa. Porém, ao parar no semáforo de Brotas, a caminho do "Monte Selvagem", vi a placa da “Torres das Águias”. Em bom momento decidi alterar a rota definida e seguir o percurso idílico até à Torre.
ResponderEliminarAproveitei o sono da tarde dos pequenotes (e a guarita da minha mulher) e aventurei-me pelo exterior e interior da torre.
Absolutamente fantástico! Confesso que estive tão entusiasmado com o que via, como com o perigo que corria. A subida ao telhado, com a máquina na mão, é assombrosa. A cada piso que se” alcança” (principalmente a passagem ao primeiro piso!), ampliam-se os riscos e multiplicam-se os cenários que nos transportam para outras épocas.
Ao sair da torre, ficou o sentimento de dever/missão cumprida (sem danos colaterais) e o desgosto de ver um monumento desta dimensão, num estado tão lastimável.
A chegar a casa, a curiosidade obrigou-me a obter mais informações sobre este monumento. Dos pontos de informação disponíveis (sites institucionais e privados), este blogue superou tudo e todos: em termos de informação e ilustração (os textos e as fotos reproduzem tudo o que vi e senti!).
Apenas uma chamada de atenção aos futuros visitantes da Torre das Águias: o seu estado de degradação comporta inúmeros riscos. Apesar do que “trazemos” da torre das águias ser extremamente compensador, no seu interior, todo o cuidado é pouco.
Desde já muitos parabéns por este trabalho fantástico.
ResponderEliminarEu sou habitante de Brotas e, em especial, em miúdo convivi de perto com a Torre das Águias. Ia para lá com o meu bisavô. Enquanto ele trabalhava na horta, eu brincava na Torre, que na altura não era a ruína que os senhores constataram. Como tal, ninguém tem mais pena de ver aquele monumento a ruir aos poucos do que eu. Custa querer fazer algo para evitar tal cenário e não saber como. Tenho tentado divulgar fotos, pressionar de alguma forma, mas sem resultados.
Acho que cada pessoa que visita a aldeia e, mais propriamente, a Torre das Águias é mais uma pessoa que faz pressão para evitar a sua "morte"... Tem sido isso que ultimamente me tem deixado com alguma esperança.
Obrigado a todos vós pela visita à nossa Aldeia e por todo o tipo de pressão e ajuda que possam vir a prestar no sentido de não permitirmos que este monumento, que é de todos, acabe por resultar num monte de entulho...
Cumprimentos
Visitei a Torre no passado dia 30 Dezembro 2012 e fiquei maravilhada com a obra ... e desencantada com o estado da mesma. Seria fantástico que o proprietário tivesse a visão necessária para o seu restauro e futura conservação ... quem sabe a população de Brotas procurar um patamar de entendimento e dialogar com o sr, que acredito não negar essa possibilidade...
ResponderEliminarExcelente Trabalho.
ResponderEliminarNuno Manoel
Estive este fim de semana em Brotas com o objetivo de ver a Torre das Águias...mas a viagem foi em vão: no final do caminho de acesso à propriedade, encontrei uma cêrca, um portão fechado e imensas placas na dita cêrca, avisando que aquela era propriedade privada e outras ameaças... Nem tentei entrar...Já escrevi para a CMMora, para ao menos tirar as placas indicadoras do caminho para o monumento e avisar no site que a Torre não é visitável porque o proprietário não deixa que se entre no monte...talvez assim se envergonhe...é pena o direito de um se sobrepôr ao direito de todos nós de visitarmos um edifício classificado desde 1910!
ResponderEliminarAlexandra Barradas
Eu visitei este maravilhoso sítio. É revelador que eu seu proprietário tenha vergonha do estado em que está mas pode recuperá-lo... e assim ganhar ,t dinheiro, não faltariam estrangeiros "sedentos" de História para ali pernoitarem. Se não o fizer a Camâra de Mora deveria atuar,
ResponderEliminarA Propriedade é privada? Se é privada ninguém pode entrar lá dentro sem consentimento do proprietário. A construção não oferece condições para ser visitável. Quanto à recuperação da mesma visto estar qualificada sendo património cultural a autarquia e o proprietário terão que chegar a um acordo para a recuperação do referido imóvel que tenho muitas dúvidas que não o esteja a ser feito. Soluções? Quem vai pagar as obras de recuperação? Quem vai usufruir do edifício depois de recuperado? De dia para dia mais difícil vai ser a sua recuperação até à sua QUEDA FINAL. Portanto meus Senhores apressem-se porque esta situação (iguais a muitas mais neste País), poderá criar vítimas se o Edifício não for recuperado urgentemente. E proibir urgentemente a entrada
ResponderEliminarÉ uma pena o estado em que se encontra. Teve sorte em conseguir lá entrar. Eu fui quase corrido!!!! Acho que os responsáveis, costumam dizer: o caminho de Fátima, não é por aqui!!!
ResponderEliminarÉ uma pena o estado em que se encontra. Teve sorte em conseguir entrar. Eu quase fui corrido. Consta que os "donos" costuma dizer: O caminho para Fátima, não é por aqui...
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