quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Moinhos do Rio Nabão (Fábrica Mendes Godinho) - Tomar
Cronologia: 1174, Junho - o 1º foral da vila de Tomar refere já a existência de lagares e moinhos; séc. 15 - o canal do Mouchão é regularizado e os lagares de azeite da Ribeira da Vila, conhecidos como da Cruz e de Martim Teles, são remodelados, durante o mestrado do Infante D. Henrique; durante o mestrado do Infante D. Fernando surgiu mais uma unidade lagareira, conhecida como Lagar Novo; séc. 16 - no reinado de D. Manuel foram remodelados e ampliados os moinhos / lagares da Ribeira Velha, Açude de Frades e engenhos hidráulicos, pela Ordem de Cristo, passando a ser designados por lagares de El-Rei; 1500 - existiam na Ribeira da vila os lagares de Santiago, de Martim Teles, da Cruz, Novo, pertença da Mesa Mestral; fizeram-se 2 casas de Pisões e uma Alcaçaria na Ribeira da vila; 1529, 10 de Outubro - D. João III autoriza o Prior do Convento de Cristo, Frei António de Lisboa, a fazer um lagar na Alcaçaria; 1530 - é acrescentada uma pedra ao Lagar de Martim Telles; 1539, 27 de Novembro - D. João III doa ao Convento o Lagar de Martim Telles e os da Mesa Mestral, à excepção da Casa da Tulha; 1541, 6 de Junho - Frei António de Lisboa recebe do comendador de Cem Soldos o Lagar de Secretário, por troca com várias terras; 1546, 16 de Abril - são acrescentadas 2 pedras, uma no Lagar do Secretário, outra no Lagar Novo;
1551 - D. João III manda fazer o Lagar de Pedro de Évora, usando parte da pedra arrancada ao lagar do Picamilho pela cheia de 1550; o Lagar da Madeira é feito no mesmo local, por ordem régia; 1553, 24 de Novembro - o Lagar de Martim Telles é aumentado; séc. 18 - reparação e conservação da ponte manuelina, moinhos e lagares da Levada; 1707 - reconstrução do Lagar de El-Rei (assinalada numa lápide outrora aí existente); 1710, 22 de Janeiro - os lagares da Ribeira da vila estavam arrendados a António da Costa; 1730, 28 de Junho - o Convento arrenda os moinhos da Ribeira da vila a Manuel Gonçalves, sendo o arrendamento renovado em 1732 e 1734; 1835 - com a extinção da Ordem de Cristo, são postos em hasta pública os seus bens, entre os quais se contavam, começando do lado N., os moinhos da vila, o Lagar do Alcaide, o Lagar do Secretário ou Lagar Francisco da Mota, o Lagar da Cruz, o Lagar Novo, o Lagar de Martim Telles, o Lagar de Pedro de Évora, o Lagar do Alcaide, o Lagar de El-Rei com a Casa das Tulhas anexa; 1837, 9 de Novembro - os lagares e moinhos são arrematados por Francisco da Mota e José António da Silva; 1903, 23 de Abril - a parte de Francisco da Mota, herdada por Maria Cristina e Eloísa Tamagnini de Magalhães, é vendida a João Torres Pinheiro, que fica co-proprietário de José de Melo a quem José da Mota e Silva doara parte do seu quinhão; 1908, 23 de Janeiro / 1913, 15 de Agosto - Manuel Mendes Godinho adquire a totalidade dos lagares e moinhos da Ribeira da vila; 1931 - instalação da moagem “Portugália” no lugar do antigo lagar de El-Rei.”
(via página da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais)
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Alguém me sabe informar o horário das visitas dos lagares? e o preço?
ResponderEliminarboa noite!
ResponderEliminartenho uma duvida: existe alguma evidência nas fachadas que datem do seculo XII/XIII? é que com tanta remodelaçao nao entendi se (para alem do que foi descoberto agora com as escavaçoes) ainda existem marcas desse periodo nos edificios.
gostava de fazer um trabalho sobre o edificio em termos estilisticos para ligar a sua construçao e mudanças durante os varios seculos (que estao provadas pela mençao na literatura desde o seculo XIII) com efectivamente a parte estilistica da arquitectura dos edificios que como se sabe, refletem o seu tempo...... se me puder ajudar, agradecia imenso!!
quem souber d_xad@hotmail.com ... :)
ResponderEliminarAdoraria ver fotos tambem de outro patrimonio vizinho deste.... Convento de Stª Iria. Não quis acreditar no estado de abandono de diversos edificios nesta cidade dos templarios.
ResponderEliminarmas pelo menos este já está a ser recuperado para ser museu, vi hoje!
ResponderEliminar